Projeto da Uespar/Facitec realiza pesquisa e identifica casos de bullying nas escolas de Palotina e propõe ações para combate e prevenção


Gordo, crioulo, macaco, pobretona, veado, cabelo ruim, entre tantos outros xingamentos agressivos, mas infelizmente comuns entre muitas crianças e adolescentes. O bullying já é considerado um problema sério, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola, faculdade, família, no local de trabalho ou entre vizinhos.

Em Palotina, o problema se transformou em um projeto chamado “Fortalecendo a Cultura da Paz”, elaborado pela diretora acadêmica Lacy Maria Riedi e pela coordenadora de Artes Visuais e Pedagogia, Eliane Maria Cabral Beck – ambas da Uespar/Facitec. Teve o apoio do Cabo Cantelli – Patrulha Escolar, Ivo Andrade - do Conselho Tutelar, Dra. Maria Tereza Thomaz - Juíza de Direito da Vara Criminal, dos coordenadores de curso da Uespar/Facitec, Silvana Chiela Rodrigues e Ricardo Tessele, da professora do curso de Artes Visuais da Uespar/Facitec, Luciana da Costa Ferreira e do professor e psicólogo da Uespar/Facitec e Terra do Saber e dos acadêmicos do curso de Artes Visuais.

Fases do Projeto

“A promotoria pública nos procurou solicitando que realizássemos um diagnóstico nas escolas para identificar casos de bullying. Considerando que atualmente o bullying é reconhecido como problema crônico nas escolas, com consequências sérias, tanto para vítimas, quanto para os agressores, decidimos criar um projeto de conscientização e prevenção do bullying e aplicar em algumas escolas do município de Palotina”, explica Lacy.

A primeira etapa foi a realização de palestras pela Juíza Dra. Maria Tereza Thomaz com os alunos de quatro escolas do município. Após, foi realizada uma pesquisa por meio de questionário, identificado entre os adolescentes que a maior incidência de bullying acontece na escola (50%), seguido por redes sociais (15%) e na família (10%), o restante não soube responder. Dentro da escola, o período de maior incidência é na sala de aula, seguido por recreio/intervalo e por fim, redes sociais. De acordo com as respostas, o sexo masculino é o que mais pratica bullying.

 “A pesquisa nos fez refletir sobre o que estava acontecendo e muitas vezes não conseguíamos perceber entre os alunos. O projeto Fortalecendo a Cultura da Paz reforçou dentro do colégio os valores e o respeito pelas diferenças”, avalia o diretor do colégio Domingos Francisco Zardo, Ademir De Carli. 

As próximas etapas do projeto foram as ações por meio de palestras e teatros para trabalhar a conscientização, prevenção e combate ao bullying e ciberbullying, abrangendo os alunos dos colégios Domingos Francisco Zardo, Barão do Rio Branco, Santo Agostinho e Terra do Saber. Também foi realizada capacitação sobre círculos restaurativos para as pedagogas dos colégios participantes e para professoras municipais que trabalham valores nas escolas municipais.

            Teatro sobre bullying choca e provoca a reflexão

A última ação do projeto este ano aconteceu nesta segunda-feira, dia 18, em oito turmas dos colégios atendidos pelo projeto. Foi realizado um teatro pelos acadêmicos do curso de Artes Visuais da Uespar/Facitec mostrando situações reais de agressões e xingamentos.

“Quando refletimos sobre como realizaríamos este teatro logo veio a ideia entre os acadêmicos de contarem suas próprias histórias. O teatro representou casos reais e isso fez com que as pessoas olhassem e sentissem o drama de sofrer e cometer bullying”, diz a professora e organizadora do teatro, Luciana.

Isabela e Leonardo, ambos alunos do sexto ano do colégio Zardo, ficaram chocados e impressionados com o teatro. “Nossa, como o bullying é ruim para o ser humano”, reflete Isabela. “Já sofri e pratiquei bullying, a partir de agora nunca mais irei repetir isso, pois magoa muito as pessoas”, comenta o aluno.

Para a coordenadora de curso e do projeto, Eliane Maria Cabral Beck, observando a reação dos alunos, professores e diretores dos colégios podemos dizer que atingimos o resultado do projeto. “Mostramos e fizemos com que todos refletissem sobre o problema, sabendo dos riscos do bullying e caso sofram saibam quem pode ajudar”, diz.

 





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