“Projeto de Vida” proporciona qualidade de vida e previne transtornos mentais entre os calouros da Uespar/Facitec


 

 

O que é melhor? Ter uma profissão reconhecida e ser bem-sucedido ou ser um profissional feliz e realizado com o que faz? Com as novas exigências do mercado de trabalho, que impõe muitas vezes jornadas exaustivas e cobranças excessivas, os novos profissionais têm se deparado com os transtornos mais comuns do século XXI – a depressão, os transtornos de ansiedade, síndrome de Burnout, etc..

Uma pesquisa realizada pela Associação Americana de Psicologia direcionada a jovens universitários, conforme publicado neste ano no periódico científico Journal of Abnormal Psychology. Analisou que 35% dos calouros apresentavam pelo menos um tipo de transtorno mental que poderia causar consequências psicológicas por toda a vida e 31% apresentavam alguma desordem emocional temporária.

Projeto de Vida na Uespar

Vivenciando esses desafios em sala de aula, a Uespar/Facitec atuando em prol da inovação desenvolveu a disciplina “Projeto de Vida” para os alunos ingressantes dos cursos de Administração e Ciências Contábeis. Já no ano de 2020 a disciplina será expandida para todos os calouros da instituição.

“As angústias dos jovens são muitos próximas das que compõe a nossa vida adulta. Lidar com as intercorrências da vida já é um desafio. Além disso observamos entre os jovens outros transtornos como de ansiedade, transtornos de humor, depressão e síndrome do pânico, que contribuem para uma vida doentia”, explica o psicólogo e professor da disciplina, Vinícius Leal.  

A disciplina é inovadora no Brasil, porém não recente no mundo. Nos EUA, berço da Psicologia Positiva, a qual foi criado por Martin Seligman com o propósito de atuar em prol de “abordar o que faz a vida valer a pena”, criou-se disciplinas que discutem a respeito da felicidade desde o início dos anos 2000 e, de longe, são as matérias mais concorridas em universidades como Harvard e Yale.

A proposta da matéria na Uespar/Facitec, segundo o professor Vinícius, é preparar pessoas que estejam dispostas não apenas a lidar com o aspecto técnico, mas também com os emocionais, vivenciais e funcionais da vida. “Dentro das aulas abordamos o autoconhecimento, formas preventivas de saúde mental, planejamento de vida e carreira, além de traçarmos metas, objetivos e interesses em todo processo de formação.”

“Eu como aluno me surpreendi, não levava a sério no início, pois achava uma disciplina desnecessária. Mas logo percebi o quanto ajudou.  Não conseguia fazer metas muito longas, com a disciplina aprendi a analisar e planejar a minha vida. Isso teve um efeito muito grande na minha forma de agir e pensar”, reflete o acadêmico de Ciências Contábeis, Diezzer Antonio.

Ser feliz agora

“Temos expectativa de sermos felizes só no futuro e os alunos precisam entender que o processo de graduação também deve proporcionar a experiência da felicidade, da gratidão e bons relacionamentos”, diz Vinícius.

Os acadêmicos se entendem como protagonistas da sua própria vida, ou seja, são eles os responsáveis pela felicidade que desejam ter. “O autoconhecimento faz com que identifiquem anormalidades em suas vidas e enfrentem melhor os desafios em busca da felicidade imediata, pensando que podem sim conquistar agora e não achar que a faculdade é um passo para chegar lá”, diz Vinícius.

 





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