Delegado acredita que avó presa não estava no momento que criança foi morta


A avó paterna de Eduarda Shigematsu, de 11 anos, que foi enterrada pela próprio pai, que também é suspeito de ter matado a garota, foi presa nesta terça-feira (30) em Rolândia. A prisão tem prazo de 30 dias, prorrogáveis por igual período, e foi pedida pela Polícia Civil com base no depoimento do filho. Terezinha de Jesus Guinaia foi trazida para o 3º Distrito Policial de Londrina.

Segundo o delegado Bruno Rocha, responsável pelo caso, a prisão dela já havia sido solicitada no domingo (28). “A prisão dela foi pedida juntamente com a prisão do Ricardo, já na comunicação do flagrante. Obviamente que não fornecemos essa informação para não atrapalhar as investigações. O ponto principal foi que ele informou que ela já sabia”, disse.

 
 

Após confessar, no domingo, que enterrou Eduarda na garagem de uma residência de sua propriedade, quando a Polícia encontrou o local por meio de denúncia anônima, Ricardo Seidi afirmou que Terezinha ficou sabendo do ato no mesmo dia, em 24 abril. No entanto, ela registrou boletim de ocorrência dando a menina como desaparecida no dia seguinte. “Ela negou que soubesse. Disse que ficou surpreendida com a atitude do filho. Diz ela que soube no momento da prisão em flagrante dele no domingo”, afirma o delegado.

Eduarda morava com a avó paterna, que tinha sua guarda. Terezinha estava na casa de parentes e existia o receio de que ela pudesse fugir. A mulher nega as acusações e garante que só ficou sabendo que o filho ocultou o cadáver da filha no fim de semana.

Ricardo Seidi alegou que encontrou a menina enforcada. Porém um laudo do Instituto Médico Legal (IML) aponta que ela foi morta por esganadura. O rapaz também está detido. A mãe da vítima, Jéssica Pires, que mora em São Paulo, prestou depoimento na terça na Delegacia de Rolândia. Outras pessoas serão ouvidas nos próximos dias.

“Pelas provas que temos até o momento, a avó não estava no local quando a Eduarda foi morta. Precisamos agora avanças nas investigações para saber a motivação, para saber se ela teve participação indireta”, concluiu Rocha.

 





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