Um monstro, escreveu homem em carta após matar mãe e filha em Cascavel


A Polícia Civil se pronunciou na manhã desta quinta-feira (12) sobre o duplo homicídio registrado na Avenida Carlos Gomes, no Bairro Parque São Paulo.

A delegada responsável pela investigação, Raisa Scariott, afirma que no imóvel onde os corpos foram encontrados estava um caderno, com várias escritas do acusado de assassinato. Nas páginas ele relatou uma discussão banal e se auto avaliou como "monstro". "Na carta ele relata que teria cometido o crime, ele relata que seria um monstro, pedia perdão pelo que ele teria feito e que cometeria suicídio com uso de medicamentos que estariam na residência. Ele relata que teve uma discussão banal e perdeu a cabeça", explica a delegada responsável pela Delegacia de Homicídios.

Na carta, homem relatou que não matou a criança, apenas que deu uma mamadeira para ela. No entanto, foram encontrados alguns frascos de remédios controlados, que possivelmente foram dissolvidos e colocados junto com o leite dado ao bebê. O acusado não é pai de Ana Liz Franças, mas ele estava se relacionava com a mãe desde 2018.

Os laudos do IML (Instituto Médico-Legal) não encontraram marcas de ferimentos na menina. Tudo que foi coletado será encaminhado para análise em Curitiba para que tenha com precisão quais foram as causas da morte da bebê.

Ao que aponta a investigação, a mulher foi morta primeiramente após uma discussão do casal. Ela estava muito ferida, cena bastante cruel no banheiro do imóvel. Silvia França tinha um corte profundo na região da jugular, além de outros graves ferimentos pelo corpo.

A Polícia Civil afirma que na ordem cronológica do crime, a mãe foi morta primeiro, e na sequência a bebê. O homem que foi preso acusado do crime, no Bairro Bela Vista, não falou em depoimento por orientação do advogado. Informalmente ele confessou o crime aos policiais militares que realizaram a prisão.

Ainda não se sabe se a mulher foi morta na segunda ou terça-feira, (09 e 10), o que vai atestar o dia do crime também são os exames periciais, os corpos estavam em estado de decomposição.

O casal tinha quatro registros de discussão, segundo dados da Polícia Civil, no entanto em nenhuma das vezes ela representou contra o acusado o que impede a investigação. Os vizinhos relataram que o casal tinha vários conflitos com discussões recorrentes.

O acusado de 25 anos está preso em cela separada na carceragem da Cadeia Pública de Cascavel, mas pode ser transferido a qualquer momento.

O inquérito policial segue com oitivas e deve ser concluído em até 30 dias.





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