Cientistas da UFPR criam repelente contra mosquito da dengue baseado em tática evolutiva do inseto


Por parte do Departamento de Química, estão sendo prospectada parceria internacional em uma pesquisa para ampliar o uso da molécula do repelente ao combate de outros mosquitos, como o gênero Anopheles, vetor da malária.

“O repelente é mais uma ferramenta para reduzir o impacto da dengue. O uso diário hoje é recomendado em cidades quentes e úmidas, com clima que beneficia a disseminação do mosquito”, afirma Marques. Ele destaca, porém, o fato de que o combate ao vetor da dengue precisa somar medidas amplas e contínuas de saúde pública ao longo do ano, não apenas durante os surtos, portanto é equivocado pensar em saídas milagrosas.

Segundo Marques, a ideia é que a molécula fique disponível para licenciamento, por iniciativas públicas e privadas, via Agência de Inovação da UFPR. Caso um ente público se interesse por formular produtos para o Sistema Único de Saúde (SUS), os inventores pretendem abrir mão dos royalties de patente. “Seria uma contribuição da universidade pública, da ciência que ela produz, para minimizar os impactos dessas doenças na saúde pública”, acredita o professor.

De acordo com dados do Portal Transparência, em 2020 o governo federal licitou repelentes para diversos órgãos, entre eles os ministérios da Defesa (para uso das Forças Armadas), da Justiça (para penitenciárias), da Saúde (para uso nos Estados) e da Educação (em hospitais universitários). Em uma licitação do Ministério da Defesa, em outubro, o valor foi de R$ 4.875,00 para 500 frascos de repelentes com duração de quatro horas (R$ 9,75 por unidade). Apenas em uma ação emergencial, em 2017, o Ministério da Saúde distribuiu quase 16 milhões de frascos de repelentes para conter a zika em gestantes.





Todos os direitos reservados. © Copyrıght 2015
Projeto de Criação de Site - Azz Agência