Em coletiva, Mandetta agradece equipe e fala sobre demissão: "não tenham medo"


Luiz Henrique Mandetta concedeu entrevista coletiva, na tarde desta quinta-feira (16), após anunciar sua demissão do cargo de Ministro da Saúde pelo presidente Jair Bolsonaro.

Sob aplausos de servidores da pasta, Mandetta inciou a coletiva e elogiou servidores e colaboradores antes de anunciar oficialmente a sua saída do Ministério da Saúde. "Não tenham medo. Não façam um milímetro diferente do que vocês sabem fazer. Deixo esse ministério da Saúde com muita gratidão pelo presidente ter me nominado e por ter deixado eu nominar cada um de vocês", disse aos servidores.

Mais cedo, em seu Twitter, Mandetta já havia agradecido pelo tempo à frente da pasta. "Quero agradecer a oportunidade que me foi dada, de ser gerente do nosso SUS, de pôr de pé o projeto de melhoria da saúde dos brasileiros e de planejar o enfrentamento da pandemia do coronavírus, o grande desafio que o nosso sistema de saúde está por enfrentar", escreveu.

Na coletiva, Mandetta pediu para que os servidores que permanecem no Ministério da Saúde continuarem se dedicando ao novo ministro."Trabalhem pelo próximo ministro, tal qual vocês trabalharam por mim".

Ele ainda reforçou que o objetivo dos servidores da pasta é manter o foco na defesa da vida, do Sistema Único da Saúde (SUS) e da ciência. "A ciência é a luz. É o iluminismo. Apostem todas as suas energias através da ciência".

Nas palavras de Mandetta, o Brasil ainda está no começo da batalha contra a Covid-19. "Vocês sabem que ministros passam e o que fica é o trabalho do servidor da Saúde no Brasil", ressaltou, desejando uma transição suave, profícua e com bons resultados para o seu substituto.

Mandetta também afirmou que passará a atuar a favor da saúde pública em esfera internacional. "Podem ter certeza que eu vou lutar no campo da saúde pública mundial". Ele afirma que o século começa a ser escrito agora, após a pandemia do coronavírus. "O século XXI será dividido entre antes e após a Covid-19. Estamos começando o século XXI e ele virá com muitas verdades que eram absolutas e virarão pó. Muitas certezas serão questionadas", declarou.

Ainda durante a coletiva, Mandetta ressaltou que o país ainda não está livre do pico da doença. "Não pensem que estamos livres de um pico de ascensão dessa doença", disse, pedindo para os cidadãos sigam o que prefeitos e governadores têm defendido, que é o isolamento social. "Sigam as orientações das pessoas mais próximas de governadores, prefeitos e os técnicos do Ministério da Saúde".

Antes de encerrar a coletiva, Mandetta se dirigiu à imprensa e pediu para que os comunicadores não fizessem perguntas como era comumente nas demais coletivas presididas por ele. "É muito difícil falar e responder alguma coisa nessa hora", afirmou.





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