Onça ataca ovelhas na UEM em Umuarama e assusta alunos e professores


Uma onça parda está atacando animais no Campus Fazenda da UEM (Universidade Estadual de Maringá) em Umuarama e assustando alunos, professores e funcionários. Os professores descobriram a existência do predador nas redondezas quando fizeram uma contagem das ovelhas. Os ataques estão acontecendo há cerca de oito meses.

Algumas providências tiveram que ser tomadas, pois mais animais continuaram a ser atacados pelo animal.

De acordo com o professor Antonio Martinez, o manejo das ovelhas teve que ser modificado e a noite (período dos ataques) elas ficam confinadas em uma área envolta por forte iluminação. “A luz forte tem afastado o predador. Desde que instalamos o novo sistema de manejo não aconteceram mais ataques”, explica Martinez.

A aparição do predador pode ter acontecido pelo fato das ovelhas serem presas fáceis. “Provavelmente a onça fez seu primeiro ataque e encontrou facilidade, resolvendo voltar e por isso permaneceu rondando a faculdade em busca de novas oportunidades”, conta.

Apesar de assustar os alunos, ataques a seres humanos desta espécie de onça praticamente não são registrados. “Elas se alimentam de pequenos mamíferos. No caso do ataque à ovelha, foi por ter encontrado facilidade em chegar até a presa. O maior animal que este tipo de predador costuma atacar é a capivara”, relata o professor.

O veterinário lembra ainda que este felino é típico da região e a aparição pode ter acontecido devido à eficácia de um programa que criou corredores biológicos. “Uma política do governo criou uma ligação entre as matas, aumentando o espaço de preservação e, neste caso, aumentando a quantidade de famílias de animais silvestres, entre elas, as onças pardas”, conta.

Marcos Cezar Silvério, coordenador administrativo do Campus Fazenda da UEM explica que existem rastros destes animais por toda parte da propriedade em que circulam os alunos, tanto do Campus Fazenda, quanto do Colégio Estadual Agrícola, que fica dentro da mesma propriedade rural.

Segundo ele, a onça - ou as onças - atacaram pelo menos 12 ovelhas dentro deste período em que foi contatada a primeira aparição. “Os predadores invadiram o cercado e escolheram a presa, arrastando ela para fora e cerca de 10 metros dali é que abateram a ovelha. Havia características de que tenham levado a presa para se alimentar e alimentar filhotes”, salienta Silvério.

O professor Martinez explica que esta espécie de onça não costuma atacar humanos. “Nós é que somos os predadores dela e ela tem medo do homem, por isso é que ataques a seres humanos praticamente não são registrados, mas todo cuidado é pouco”, alerta.

Ele acredita ainda que enquanto houver alimentos na área de preservação habitados por estes animais será muito difícil que elaes saiam destas reservas. “A não ser que uma delas se perca, como aconteceu em Cascavel recentemente com uma onça da mesma espécie”, reforça.

A ligação entre as matas nos fundos do Jardim São Cristóvão que seguem pela Estrada Canelinha através do Córrego Pinhalzinho dá acesso fácil para estes animais ao Bosque dos Xetá. “A urbanização no trajeto assusta os animais, que preferem ficar no ambiente onde estão, desde que existam presas por ali”.

Equipes formadas por voluntários estão cercando os pontos onde o animal deixou seus rastros a fim de capturá-lo. 





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