Nos últimos meses vêm ocorrendo notificações de vários casos de aparecimento do escorpião preto, em Palotina. De acordo com o coordenador de Vigilância em Saúde, Oderlei Rannow, este animal não tem importância epidemiológica, pois o seu veneno não tem ação sobre as pessoas.
Este escorpião é da família Bothriuridae e do gênero Bothriurus e são encontradas muitas espécies no Estado do Paraná. “Vale salientar que ele é nativo aqui do Estado e já está a muitos anos no nosso município, diferente do Tityus Serrulatus (escorpião amarelo) que não é natural da nossa região e foi trazido a Palotina”, destaca o coordenador. “Com sua capacidade de adaptabilidade o escorpião amarelo se instalou e se multiplicou em nosso município, tem peçonha e pode causar acidentes graves e fatais em seres humanos”, acrescenta.
O aparecimento do escorpião se deve a grande incidência de chuvas na nossa região aliada à época de reprodução. “O controle segue as mesmas regras já divulgadas, principalmente, os quatro “As”: Água, Alimento, Abrigo e Acesso. O controle dessas variáveis e eventos nos livra de quaisquer insetos, artrópodes, entre outros, colaborando para o combate de doenças de interesse público, como acidentes com escorpiões e aranhas, e o mosquito Aedes Aegypti transmissor de doenças como: a dengue, zica e chikungunya”, conclui Rannow.
Seguem orientações para controle:
NA ÁREA EXTERNA DO DOMICÍLIO
- Manter limpos quintais e jardins, não acumular folhas secas e lixo domiciliar;
- Acondicionar o lixo domiciliar em sacos plásticos e outros recipientes apropriados e fechados, entregá-los ao serviço de coleta, não jogar o lixo em terrenos baldios;
- Limpar terrenos baldios;
- Eliminar fonte de alimento para escorpiões: baratas, aranhas, grilos e outros pequenos animais invertebrados;
- Evitar a formação de ambientes favoráveis ao abrigo de escorpiões, como obras de construção civil e terraplanagens que possam deixar entulhos, superfícies sem revestimento, umidade, etc;
- Remover periodicamente materiais de construção e lenha armazenados evitando o acúmulo exagerado, usar técnicas de empilhamento em cima de estrados e 15 cm longe das paredes;
- Preservar os inimigos naturais dos escorpiões, especialmente aves de hábitos noturnos (corujas, João bobo, etc), pequenos macacos, quatis, lagartos, sapos e gansos (galinhas não são eficazes agentes controladores de escorpião);
- Evitar queimadas em terrenos baldios, pois desalojam os escorpiões;
- Remover folhagens, arbustos e trepadeiras, junto ás paredes externas e muros;
- Manter fossas sépticas, caixas de gorduras e caixas de passagem de água fluviais bem vedadas, para evitar a passagem de baratas e escorpiões;
- Rebocar paredes externas e muros para que não apresentem vãos e frestas.
NA ÁREA INTERNA
- Rebocar paredes para que não apresentem vãos ou frestas;
- Vedar soleiras de portas com rolos de areia ou rolos de borracha;
- Reparar rodapés soltos e colocar telas nas janelas;
- Telar as aberturas de ralos, pias ou tanques;
- Telar aberturas de ventilação de porões e manter assoalhos calafetados;
- Manter todos os pontos de energia e telefone devidamente vedados.
Em caso de algum acidente deve-se procurar auxilio médico nas unidades de saúde, de preferência levando o animal causador da picada junto (não importando seu estado). Para maiores informações procure a Vigilância em Saúde, na Rua Getulio Vargas, nº 785, Sala 01, ou no telefone 3649-2793.