Durante assembleia realizada no dia 25, na sede da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), a Associação Municipal dos Suinocultores de Palotina (AMSP) efetuou a doação de uma sala comercial para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). O presidente da AMSP, Luis Carlos Miotto, enalteceu na oportunidade que a Apae realiza um excelente serviço, reconhecido por toda a comunidade e que é motivo de satisfação repassar o imóvel que é fruto de muito esforço dos associados. Miotto agradeceu em nome da diretoria a todos os associados e membros do Conselho Fiscal pela trajetória da associação.
Representantes da Apae, por sua vez, destacaram que a Associação Municipal de Suinocultores de Palotina dá um grande exemplo de solidariedade e responsabilidade social.
A Associação Municipal de Suinocultores foi fundada em maio de 1984, com a participação de 145 suinocultores, sendo o primeiro Presidente, Luís Carlos Miotto. A primeira diretoria contava ainda com a participação de Romano Spesssato (Vice Presidente); Leonel Stefanello e Aurélio Canossa (Secretários); José Rettor e Dorival Moreira (Tesoureiros). Participaram do Conselho Fiscal: Bernardino Ferla, Ari Manfroi, Chico Brun, Ari Vendrame, Valdecir Zils e Aurélio Pierezan. O Departamento Técnico era ocupado por Nivaldo Burin e Agostinho Loduvico.
A AMSP tinha mais de 200 sócios entre Palotina e Maripá no fim dos anos 80 totalizando 20.000 matrizes suínas. A associação realizou várias promoções e a mais famosa delas foi o Concurso do Leitão Assado na Grelha, feito junto a Festa da Soja, o qual se tornaria naquele momento o prato típico do município. Para o melhoramento genético, a AMSP construiu no parque de exposições um barracão para leilões e exposições de suínos, introduzindo assim melhoria no padrão genético dos animais dos criadores.
Em 1992 a AMSP junto com vários associados buscou uma parceria com a empresa Plan Rural para melhorar ainda mais a produtividade das granjas. O programa de gerenciamento da produção Pig Champ foi introduzido com sucesso para esse fim.
No ano de 2008, com uma forte crise na suinocultura, associada a problemas sanitários no estado do Paraná, o setor ficou três anos sem poder exportar. Assim as associações perderam receita referente a isenção de ICMS. Nesse mesmo período a legislação ambiental apertou, não dando tempo hábil aos suinocultores, principalmente aos pequenos, de se adequarem e multas pesadas caíram sobre eles. Tinham que reflorestar 20% da área, inviabilizando inúmeros criadores. Isso tudo somado fez com que a maioria dos produtores deixassem a atividade.
Depois de 2010, a AMSP mudou seu estatuto para não perder o patrimônio pela associação Regional de Toledo. “A partir dessa data até hoje ficou inativa, no qual não houve interesse por parte dos sócios restantes de assumi-la. Após decidir encerrar as atividades, é que os membros aprovaram a doação do patrimônio à APAE, revertendo assim em benefícios à comunidade”, destacou Luís Carlos Miotto.