O pai de 22 anos acusado de tortura contra o filho de cinco meses alterou o depoimento na tarde de segunda-feira (27), e além de confessar o crime, ele alega que não teve intenção de machucar.
Em novo depoimento prestado na Delegacia da Polícia Civil de São Miguel do Iguaçu, o homem desmentiu o primeiro relato, que a criança teria caído da cama sobre uma caixa de madeira, e confessou ter agredido o bebê: "nenê tava muito agitado, só chorando e eu não conseguia fazer ele acalmar, aí perdi a cabeça", relatou.
"Eu bati nele, mas não tinha a intenção de machucar", explica, mostrando aos policiais como aconteceu o ato. Em seguida ele relata que o menino chorou mais um pouco mas logo se acalmou e dormiu.
Quando a esposa do acusado chegou do trabalho, horas mais tarde, notou a lesão no rosto do bebê. Ele mentiu para a mulher e contou a história da queda. A mãe então levou o filho para o hospital.
Quando questionado pela equipe o motivo dele não ter levado a criança para o atendimento médico, ele alegou não ter veículo para tal. Em seguida ele explica que se sabe o que fez, mas que se arrependeu do ato.
A criança foi atendida na unidade hospitalar e passa bem. Além da lesão no rosto e pescoço pelo tapa, ela tem um braço quebrado. Em depoimento o pai nega que tenha machucado o filho anteriormente, e fala que a fratura aconteceu na creche.
Segundo o Delegado Francisco Sampaio, as professoras da unidade de educação infantil serão ouvidas para a confirmação do caso. O homem segue preso na delegacia e foi autuado sob crime de tortura com o agravo da idade da vítima.
O Crime:
O caso foi registrado no dia 20 de novembro, em Itaipulândia. Na época ele negou ter agredido o bebê e insistiu na queda.
O delegado afirma que desde o início a versão sobre a queda não condizia com o ferimento, e as investigações continuaram.
O laudo médico já está sob posse da polícia.