Palotina mantém ações para prevenção à gravidez na adolescência e atenção às gestantes


Anualmente, a primeira semana de fevereiro é dedicada a lembrar a importância das ações públicas voltadas à prevenção da gravidez na adolescência. Em Palotina, diversas atividades são realizadas com foco na orientação e no apoio a este público. Em 2024, 7,87% das mulheres grávidas no município eram menores de idade, ou seja, adolescentes. Para reduzir essa taxa, o município desenvolve o Programa de Prevenção à Gravidez na Adolescência (PPGA), que, além da orientação, oferece anticoncepcionais, aconselhamento por meio da equipe de enfermagem e acompanhamento social, especialmente para adolescentes em situação de vulnerabilidade social.

O município, por meio da Secretaria de Saúde, também mantém políticas de acompanhamento às gestantes pelas Agentes Comunitários de Saúde (ACS). A assistência inclui o pré-natal com enfermeiros, médicos obstetras e assistentes sociais, quando necessário. Além disso, o setor de epidemiologia realiza a coleta de dados para o mapeamento de doenças infectocontagiosas e outras. As gestantes de Palotina ainda são assistidas por meio de palestras informativas e, quando necessário, encaminhadas ao departamento de alto risco (MACC - Modelo de Atendimento a Condições Crônicas), especialmente quando comorbidades são identificadas. Todo esse processo de acompanhamento é realizado para gestantes de todas as idades, incluindo as adolescentes.

 

Contexto global e nacional

Os adolescentes, indivíduos entre 10 e 20 anos incompletos, representam cerca de 20% a 30% da população mundial, sendo estimado que, no Brasil, essa proporção seja de 23%. Dentre os principais problemas de saúde dessa faixa etária, a gravidez adolescente se destaca, especialmente em países em desenvolvimento.

A taxa mundial de gravidez na adolescência é estimada em 46 nascimentos para cada 1.000 meninas de 15 a 19 anos. No Brasil, um em cada sete bebês nasce de mãe adolescente. A cada hora, 48 bebês nascem de mães adolescentes, sendo que, em 2019, 19.330 nascimentos ocorreram entre mães de até 14 anos, o que significa que, a cada 30 minutos, uma menina entre 10 e 14 anos se torna mãe.

A gravidez não planejada na adolescência pode ser atribuída à falta de conhecimento sobre saúde, aos impactos que essa gestação pode ter em sua vida e ao acesso limitado a métodos contraceptivos eficazes. Dados indicam qu e 66% das gravidezes na adolescência são não intencionais, ou seja, a cada 10 adolescentes que engravidam, 7 afirmam que a gravidez foi “sem querer”.

 

Fatores que contribuem para a gravidez precoce

Diversos fatores contribuem para a gravidez na adolescência, sendo a desinformação sobre sexualidade, direitos sexuais e reprodutivos o principal deles. Além disso, questões emocionais, psicossociais e contextuais, como a falta de acesso a proteção social e ao sistema de saúde, também são determinantes. O uso inadequado de métodos contraceptivos, como preservativos e outros métodos de barreira, agrava ainda mais essa situação.

A gravidez na adolescência não afeta apenas o aspecto social – como a interrupção da educação – mas também aumenta a vulnerabilidade social da jovem mãe e de seu bebê, principalmente em famílias de baixa renda. Além disso, os riscos à saúde tanto da mãe quanto da criança são elevados, sendo necessário um acompanhamento contínuo e eficaz para minimizar essas complicações.





Todos os direitos reservados. © Copyrıght 2015
Projeto de Criação de Site - Azz Agência